quarta-feira, 15 de outubro de 2008

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Todos os dias passam lentamente, tão lentamente, coração, quando tu não estás aqui.
A todos os minutos lágrimas de dor tentam brotar-me dos olhos, lágrimas que seco, mordendo o lábio com força, e a todos os segundos um grito de angustia ameaça fugir-me do peito, silencio-o, engulo em seco.
Já passaram os tempos em que pronunciava o teu nome como sinal de alegria. Os meus lábios já não se atrevem a proferi-lo, medrosos da queimadura seca da saudade, do fogo lento que alastra nas entranhas, deixando apenas cinza atrás de si.
Já passaram os dias em que adormecia com a tua imagem na mente, agora, solto as lágrimas presas durante o dia e choro até ficar seca por dentro, porque sei que, ao outro dia, tudo vai começar de novo. Choro, por isso, até me doer a cabeça e ficar com os olhos inxados, e adormeço, então, de exaustão, com a mente pejada de imagens escuras.
Mas chegou a hora, hoje e agora, de parar de reprimir as lágrimas, chegou a hora de te dizer, de soltar o grito preso no peito, de te gritar o quanto te amo e o quanto sinto a tua falta. Chegou a hora de te procurar e de te sentir, novamente, como meu e de sentir a protecção deser tua. Por isso, volta, meu amor, porque eu não vivo sem ti.

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