sexta-feira, 19 de março de 2010

Pai

Memórias, fragmentos, tenho-os desde pequena pois sempre estiveste presente e eu nunca parei para pensar em como sempre fizeste tudo ao teu alcance para me fazer feliz, nunca parei para pensar em todo o carinho que colocas nos gestos mais pequenos, mais simples, nunca parei para pensar que em todas as palavras que tu proferes, mesmo as menos desejadas, reflectes tudo o que sentes por mim, nunca. Até ao dia em que foste para longe.
Pesam remorsos no meu coração por querer que fiques sempre comigo, mesmo sabendo que não é possível e que fazes tudo o que podes para estarmos juntos mais vezes, pesam remorsos por nunca me ter apercebido da falta que me fazes até ao momento em que tiveste que ir.
Criança que fui ao pensar que sabia tudo e que tinha sempre razão, e criança que fui ao alguma vez duvidar de ti.
Mas, agora, percebo. Percebo que te amo como nunca vou amar ninguém, porque amor entre pai e filha é especial. Amo-te como todo, como único, e amo a forma como me encorajas para dar o meu melhor, te orgulhas de mim, e me ensinas, tão bem, a ser eu, o modo como me reconfortas e como me repreendes quando é preciso. Percebo que, estejas onde estiveres, estarás sempre presente em mim.
Agradeço-te, assim, por seres e teres sempre sido, o melhor pai do Mundo.

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